9ª carta aos ocidentais contemporâneos

Estás tão próximo

Mas continuas distante de mim...

Minhas palavras soam como trovões

Nos teus ouvidos cheios de labirintos...

És testemunha das minhas proezas

Me acompanhas, e vês os meus prodígios

E mesmo assim continuas cego

Enraizado nos teus preceitos...

Apontas a sujeira em minhas mãos

Lama que retirei dos porcos

Mas não olhas a parte limpa do meu corpo

Que tanto brilha a poucos olhos...

Estás tão próximo

Mas continuas distante de mim...

Preferes o ausente

Que jamais estará contigo...