LANCE TEU PÃO

Ontem sonhei que todos

éramos iguais e nada havia

de novidades pois tudo era

banal

o amor fora extinto

a complexidade e fidelidade

coisas utópicas

pra onde fora a verdade

ela se mantinha escondida

longe da cidade lá no mato

longe da sociedade onde sócios

matam o outro apenas por vaidade

algo maquiavélico

querer tudo não importando

a sobriedade de quem venha ser atingindo

tudo isso pelo bel prazer e satisfação da minha

adorada vaidade.

Pois o amor não existia e eu tinha que adianta

meu lado pois não há ninguém bom

todos estão embriagados pela sua vaidade

“achando feio e desprezível tudo aquilo

que não é espelho” como cantou Caetano

Mas o sonho acabou quando ao nascer

da alvorada fui acordado

por um homem que por mim se importava

mesmo sem me conhecer perguntou meu nome

antes de me oferecer um café da manhã

amigável e de extremo sentimento altruísta

ele me amou e atrevessou a margem da marginalidade em que estou

em que hoje sou

um mendigo um menino da rua sem dono

amor ou compaixão

Que dormiu sozinho no frio

e temendo que nesse mundo

em todos havia esfriado todo coração

Mas pelo estranho fui acordado e vir que

que amor ainda existe e é demonstrado

através de singelos gesto:

Como um oi ,qual o seu nome,

e oferecimento de um pedaço de pão .

C.A.Martins

"Lança o teu pão sobre as aguas, por que depois de muitos dias o acharás."

Eclesiastes 11:1

C A MARTINS
Enviado por C A MARTINS em 14/06/2008
Reeditado em 14/06/2008
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