DE QUANDO EM QUANDO

Na falta de um melhor motivo,

senti que teria de surgir algo diferente.

Resolvi então partir e seguir em frente,

falar de algo consistente e permanente.

Pensei então em falar do amor perdido,

no momento em que pensei nada senti.

Retornei, voltei então ao lugar primevo

e, como uma simples larva, eu rastejei.

Enquanto via que o tempo escoava,

por mais que tentasse,não conseguia.

E como inseto eu nadava ou flutuava,

deixara de ser larva, como inseto voava.

À medida que o sol se alternava com a lua,

na constante mudança da noite e do dia.

Andava, perambulava sozinho pela rua,

como um cão sem dono, eu seguia.

E agora que o animal se foi, eu sei

do complexo sistema arquitetado.

Foi no terceiro reino que eu deixei,

aspectos só da alma, então falei.

E seguindo sempre em frente e para o lado,

mesmo que o sol se vá e volte em muitas idas,

este meu corpo que agora ocupo nesta vida,

ficará ainda, no primeiro reino conquistado.

VEM-15/04/04

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 07/05/2008
Reeditado em 25/08/2008
Código do texto: T978547