Olhar das flores...
Afastam de mim os espinhos que ferem e sangram, desabrocha em meu viver a sede de justiça, a verde esperança.
Molda-me feito vaso de barro com tua mão divina, restaura a crença de viver pela fé onde tudo espera em Ti, Senhor.
Ensina-me a perdoar uma ofensa e remove do meu coração qualquer vestígio de rancor.
Pesa seu manto protetor sobre mim, dando-me sabedoria, mansidão e uma alma alva como a neve, que meu viver, Senhor...
Seja de terra fértil onde as sementes do teu amor incondicional foram lançadas, germinam em meu viver o amor ao meu semelhante como a mim mesma, sendo fiel aos teus princípios, em verdade absoluta.
Sou grão de areia que escorre dos dedos, mas em mim, desenvolve força além de minhas entranhas e visão além das palavras que proferem os lábios, que eu aprenda a amar sem distinção, sem exigir de ninguém perfeição.
Do mel que escorre da rocha, seja doçura para meus dias aqui nessa terra, de minhas fraquezas faça com que eu cresça amadurecida no teu amor.
Livra-me de corações que nutrem da escuridão o sustento e seja o cajado para minha passagem nesse mundo, e com minhas quedas...
Tu ó Deus é a mão estendida, o amor na sua magnitude, e mesmo com tua soberania está comigo por onde for.
Assim seja.
Escrito no ano de 2005.
Por Águida Hettwer