A mala

Quando a placenta se rompe, a vida!
Tantas especulações, tanto medo
A jornada começa ser percorrida
Conhecemos a dor desde muito cedo!

Alguns mais que outros, outros nada!
E a bagagem vai sendo feita,
Como é difícil continuar na estrada!
A tanto a gente se sujeita!

Quanta miséria a gente assiste,
Ver os homens se destruindo entre si!
E muitas vezes distraído e triste,
Esquece o que veio fazer aqui!

Ilude e se envaidece do que não é seu,
Acha que tudo pode, orgulhoso
Maltrata o que Deus lhe deu!
Se sentindo vitorioso...

E tendo sua missão interrompida,
De malas vazias, despreparado!
Chora e clama por nova vida!
Nova oportunidade, o perdão lhe é dado!

Assim várias vezes, a vida se instala
E em se perdendo e se achando, coitado!
Mais uma vez o homem esquece a mala...

Mara Andréa Machado
Enviado por Mara Andréa Machado em 31/03/2008
Reeditado em 23/04/2008
Código do texto: T924768