EM BUSCA DE UM NOVO DIA


Porque há o olhar do espírito

muito além dos campos semeados

a geração dos condenados

não se repetirá.

As veredas  verão a luz,

a doçura das flores,

e eu invocarei o mar

e ele me responderá.

 

Os caminhos alcançarão as águas.

Ninguém me impedirá

de construir pontes sobre os abismos.

Estúpidas e inúteis serão as mágoas

e os portais do egoísmo.

 

Os limites serão afligidos

pelas asas da verdade.

A insensatez e a mentira fugirão

mais cedo ou mais tarde.

 

Ouvirei realmente
os cânticos que somos
e  me nutrirei de aromas

dos bosques recém-despertos

e nunca mais da solidão dos desertos.

 

Ouve, ó minha alma,

o laço do lar,

o discernimento que retorna

o espírito à sua paz

sem mais humilhação,

sem mais revolta.

 

 

 

Lúcia Constantino
Enviado por Lúcia Constantino em 26/02/2008
Reeditado em 03/06/2011
Código do texto: T877166
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