O caminhante Agnóstico
I
Overdose de palavras internas,
meu espírito nudo sai de seu cásulo
em busca da beleza
que o néscio mundo esconde
de uma virtude antes nossa
De Khronus entretido,estático,
de nuvens carregadas sobre sua mente
de café e livros empoeirados
do trem material tardando a retornar
entre fumaças da cidade
II
Sáudam-me santos ou bruxos
com desdenhoso compêndio
de gestos displicentes e altivos
É só de frias feições que respondo
Quem supõe tocar o âmago humano?
Afasta-te Satanás!
Não creio nesta maçã falante e fulgaz!
É por amor que admiro o silêncio...
Meu espírito nudo dorme
entre os galhos das árvores.