O caminhante Agnóstico

I

Overdose de palavras internas,

meu espírito nudo sai de seu cásulo

em busca da beleza

que o néscio mundo esconde

de uma virtude antes nossa

De Khronus entretido,estático,

de nuvens carregadas sobre sua mente

de café e livros empoeirados

do trem material tardando a retornar

entre fumaças da cidade

II

Sáudam-me santos ou bruxos

com desdenhoso compêndio

de gestos displicentes e altivos

É só de frias feições que respondo

Quem supõe tocar o âmago humano?

Afasta-te Satanás!

Não creio nesta maçã falante e fulgaz!

É por amor que admiro o silêncio...

Meu espírito nudo dorme

entre os galhos das árvores.

Shades
Enviado por Shades em 24/01/2008
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