Duas margens e a mesma experiencia

Há mundos que se tocam sem fronteira

Do lado de cá do lado de lá

A vida se refaz na mesma esteira

E o passo que finda aprende a pisar

 

O tempo nos conduz sem despedida

Mudamos de cena sem nos perder

A face que oculta a dor sentida

É a mesma que torna a renascer

 

Se um dia caíres na sombra escura

Verás que do outro lado há clarão

A luz se reflete na mesma altura

Um ciclo sem fim uma transição

 

Decimar da Silveira Biagini

Cruz Alta-RS, aos 10 de março de 2025, 23h44min