Labirintos da Evolução
Não notei no sol a beleza da simplicidade.
Sombras da ignorância pairaram sobre o ego meu.
A meiguice da tarde bela escondeu se destes olhos de orgulho.
Da estrada e luta, adormeci sem labor.
São os dias de massacre, vendas que encurtam risos.
E estes labirintos que não findam, como serpentes em orgia.
Todavia, quedas e passarelas, obscura alma que aprende.
Ah, quem dera um calo de ensino, palmatória que puxa e dói, à sofrer mais tarde um retorno.
Quando vejo é meio dia, e os cabelos estão cinza.
Tomei um atalho do caminho, há um lamaçal que mata e obstáculo.
A dor é visita que acomoda, incomoda e ri.
Anunciara o sol que a noite vem, os pássaros já migraram se de mim.
O que me cerca é uma cortina de feiúra, faz notável o espelho que trapaça.
Acordo da vida, meros sonhos de ilusão.
Cambaleante, retorno à vereda velha, e atrás, como tinta que desgasta o quadro, sou.
Mórbido de útero seco, bem perto um portal, fim de labirinto, caminhos de aprendizagem.
Os pés que me negam, impedem um tempo a mais.
Pedras, flores às vezes, espinhos e risos puros, noites de sol, dias de sangue, são labirintos da evolução.
Não notei no sol...
João Francisco da Cruz