O VOO DA LIBÉLULA

o despertar da flor

no meio do espinho

o cintilar da seiva doce

donde escorria a bruta

um bebê

eu mesma

que libertou dragões

agrilhoados

medusas

mal compreendidas

duma veia que costura

a velha sina de sangue

unidas

por transcendência

almas afins

que se inflamam

e se curam

numa fogueira

que liberta

e aviva

o voo

da libélula