Mãe Lua

No véu da noite, suave e serena

Surge a Lua, mãe do tempo, amante do mar

Seu olhar de prata, em calma amena

Acaricia o mundo sem nada cobrar

Ela vela os sonhos dos que se perdem

Sussurra segredos nas ondas do céu

Lá do alto, as sombras dissolvem

Tocando a Terra com brilho fiel

Seus braços estendem-se em luz e neblina

Tecendo mistérios no breu infinito

Com passos silentes, dança e fascina

Regendo marés num encanto divino

Nos olhos dos lobos, é chama ardente

No peito dos poetas, é verso e paixão

No canto das águas, flui suavemente

Guiando as almas na escuridão

Mãe dos viajantes, farol da jornada

Guardiã dos sonhos que o vento levou

Com suas fases, ensina a estrada

Tudo renasce, nada acabou

Assim ela segue, no ciclo eterno

Testemunha do tempo, amante do sol

Na noite fria, em seu brilho terno

É mãe, é luz, é vida em arrebol.

Glauber Santtos Santtos
Enviado por Glauber Santtos Santtos em 19/02/2025
Código do texto: T8268248
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