INERÊNCIAS
Só quando a morte chegar
ganharei o mundo!
E deste mundo, só abrigaremos uma leve lembrança,
um olhar uniforme
e uma saudade horizontal,
da forma mais inocente
por desconhecida que existe.
E já agora, enclausurado no mármore esquecido e gelado,
na lembrança de que nossos corpos são fé
e nossa existência ainda um precário mistério,
convivo a fio com minha própria reticência:
Este dilema sem morada ou descanso!