ESPELHO

Espelho... Onde estás tua poesia?

Tua verdade real... Puramente pura...

O Ser que é.

E só.

Espelho... Repetes o futuro nada.

O verso que se desbotará no papel... E sumirá...

Até o vapor é mais honrado.

Pois pode encontrar a relva na manhã... E tornar-se orvalho translúcido...

Espelho... Tu me vês e sorri... Pensando no teu íntimo: ele não sabe nada, e acha que é...

Espelho... A matéria é só devaneio, por isso tens essa constante ironia em ti...

Ensina-me a esquecer-te,

para comungar com o nada visceral, o avesso da paisagem de tudo.

Refletir a presença invisível...

E assim viver de fato.

Rafael Gustavo Vieira
Enviado por Rafael Gustavo Vieira em 19/01/2025
Código do texto: T8245176
Classificação de conteúdo: seguro