Carta ao Universo

Querido e amado universo

Escrevo-lhe esta carta

Informando minha ida…

E meu regresso!

Hoje! Irei me ausentar,

Mas prometo outras noites voltar

Preciso urgente, buscar o sentido "razão"

Conversar com as estrelas, chorar com as nuvens, sorrir pra lua…

Hoje! Sou eu o errante!

Necessito de uma afirmação…

Estrela de quatro pontas

Qual será a direção que devo seguir?

Pois, preciso prosseguir

Sendo necessário fazer-se constatar.

Meu querido e amado universo

Qual a razão?

Quando a lua se apaga

As nuvens chorando intervém

E as estrelas não vêm

Quando ainda é madrugada

E o sol ainda espera a alvorada.

Vou seguindo pela estrada

Pois, o raiar do sol é a minha vanguarda…

Andarei pelas dormentes até a próxima estação

Ficarei atento ao primeiro apito do trem.

Se os olhos me convém

Verei num só olhar!

Uma última estrela mudar de lugar.

Estrela-cadente, deste-me direção

Logo seguir a tua indicação

Hoje, riscaste o céu como um cometa

Aqui acabaram, minhas noites de tormenta.

Observei o brilho do teu olhar

Toda noite estaremos aqui a enamorar

Já tenho resposta, nem precisa ser impresso

Como foi dito na carta...

Hoje à noite, eu regresso.

Ernane Bernardo
Enviado por Ernane Bernardo em 12/11/2024
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