Carta ao Universo
Querido e amado universo
Escrevo-lhe esta carta
Informando minha ida…
E meu regresso!
Hoje! Irei me ausentar,
Mas prometo outras noites voltar
Preciso urgente, buscar o sentido "razão"
Conversar com as estrelas, chorar com as nuvens, sorrir pra lua…
Hoje! Sou eu o errante!
Necessito de uma afirmação…
Estrela de quatro pontas
Qual será a direção que devo seguir?
Pois, preciso prosseguir
Sendo necessário fazer-se constatar.
Meu querido e amado universo
Qual a razão?
Quando a lua se apaga
As nuvens chorando intervém
E as estrelas não vêm
Quando ainda é madrugada
E o sol ainda espera a alvorada.
Vou seguindo pela estrada
Pois, o raiar do sol é a minha vanguarda…
Andarei pelas dormentes até a próxima estação
Ficarei atento ao primeiro apito do trem.
Se os olhos me convém
Verei num só olhar!
Uma última estrela mudar de lugar.
Estrela-cadente, deste-me direção
Logo seguir a tua indicação
Hoje, riscaste o céu como um cometa
Aqui acabaram, minhas noites de tormenta.
Observei o brilho do teu olhar
Toda noite estaremos aqui a enamorar
Já tenho resposta, nem precisa ser impresso
Como foi dito na carta...
Hoje à noite, eu regresso.