Aviso Silencioso
Em sombras que a alma atravessa,
Um murmúrio sutil se revela;
No peito, a dor silenciosa confessa
Os passos em trilha paralela.
Nas chamas que ardem sem lume,
Ecoam escolhas de outrora;
O sofrimento se torna perfume
Que alerta a alma que chora.
No espelho das águas profundas,
Refletem-se erros guardados;
Nas ondas do tempo, fecundas,
Desfazem-se laços passados.
Escuta, irmão, o vento que canta
Segredos de sábia lição;
O pesar é voz que encanta,
Guiando ao caminho do perdão.