Lágrimas Consoladas
Nas madrugadas, gotas silenciosas
Desenham rios no rosto em vigília;
Mas do pranto nascem luzes luminosas,
Consolo sutil da alma em partilha.
No murmúrio do vento há um segredo,
Um abraço invisível que ampara;
As dores se dissolvem sem enredo,
Na esperança que ao coração dispara.
Cada lágrima é mar que purifica,
Ondas de sentimento que se vão;
No horizonte, a paz se edifica,
E a tempestade cede à calmaria em vão.
Bem-aventurados os que choram em verdade,
Pois nos olhos molhados brota a flor;
Da tristeza emerge a claridade,
E o espírito se eleva em amor.