Lágrimas Consoladas

Nas madrugadas, gotas silenciosas

Desenham rios no rosto em vigília;

Mas do pranto nascem luzes luminosas,

Consolo sutil da alma em partilha.

No murmúrio do vento há um segredo,

Um abraço invisível que ampara;

As dores se dissolvem sem enredo,

Na esperança que ao coração dispara.

Cada lágrima é mar que purifica,

Ondas de sentimento que se vão;

No horizonte, a paz se edifica,

E a tempestade cede à calmaria em vão.

Bem-aventurados os que choram em verdade,

Pois nos olhos molhados brota a flor;

Da tristeza emerge a claridade,

E o espírito se eleva em amor.

Isabel de Almeida Claes
Enviado por Isabel de Almeida Claes em 01/11/2024
Código do texto: T8186786
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