Tempo de colheita
Todos com pressa de chegar a lugar nenhum!
O curto do tempo faz dessas coisas: se estica, inexoravelmente;
amadurece em gradação constante, entretanto.
Quem há de imaginar-se apressado tanto
que não se avexa com o amadurecer..., e o envelhecer?!
A rugas se mostram, sem a pressa que é de todos:
independendo da vontade de quem quer que seja;
ainda que pouco rugosas, mas disfarçadas com Botox;
ainda que não sejam tal como ameixa seca...,
são cáusticos, os meandros do tempo, e deixam sinais:
Indícios de algo está sendo reelaborando e mais alcançando;
vestígios de que tudo acontece nas condições certas – você as cria;
acenos de que a vida está pronta para de novo acontecer – permita-se;
traços de que a vida da gente é uma gota no vasto do mundo.
É um recomeço do que é próprio da existência..., seja qual for o timbre!
Alguém amadurecido, não pensa em quantidade..., mas sim em qualidade!
Alguém amadurecido, não se precipita no mostrar o caminho adequado!
Alguém amadurecido, é decidido, exigente, seletivo e sabe o que quer!
Alguém amadurecido, é a memória pejada com coisas da vida!
As rugas apenas são o cáustico do tempo se mostrando em cicatrizes!
Muitos não possuem sensibilidade para perceber tal grandeza;
contudo, aqueles que descobrem a vida tal como ela é,
tem o condão de serem bafejados pelas dádivas que a vida nos abona!
“Vire o espelho para o barro da parede e se veja no fundo de si mesmo!”