Fome, de caridade
Vasta colheita de outrora
Fartura, comilança que tudo devora
Escassa colheita de agora
Fome, miséria que apavora
Houvesse um pouco guardado
Houvesse um pouco dividido
Estaria eu agora bem assistido
Não sofreria tão abandonado
A mão que divide se sustenta
A mão que divide se alimenta
Quando na fartura compreende
Quando na fome não se surpreende
Dividir o pão é a maior benção
Ao necessitado irmão
Mas benção maior se denuncia
Se a gratidão do feliz irmão se anuncia