OM

A vida dura o tempo de um sopro

Diante a realidade atemporal

Surge o ancestral

Soa o primal

Acalenta-te, caminhante!

O que vês é só miragem

Quem viaja é o sem-nome

Teu corpo é carruagem

Entrega ao infinito

Tudo o que é impermanente

Abre teu peito pedra

Descansa a tua mente

Deixa jorrar a luz

Sem outro nome que não amor

Em teu íntimo desabrocha

E morre a eterna-flor

Aquilo que pensas que tens

É meramente emprestado

Na impermanência onde vives

Tudo é transmutado

O infinito dura um instante

Nele, tudo vai embora

O que é, foi e será,

É só agora, é só agora...

Davyson F Santos
Enviado por Davyson F Santos em 11/09/2024
Código do texto: T8149457
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