OM
A vida dura o tempo de um sopro
Diante a realidade atemporal
Surge o ancestral
Soa o primal
Acalenta-te, caminhante!
O que vês é só miragem
Quem viaja é o sem-nome
Teu corpo é carruagem
Entrega ao infinito
Tudo o que é impermanente
Abre teu peito pedra
Descansa a tua mente
Deixa jorrar a luz
Sem outro nome que não amor
Em teu íntimo desabrocha
E morre a eterna-flor
Aquilo que pensas que tens
É meramente emprestado
Na impermanência onde vives
Tudo é transmutado
O infinito dura um instante
Nele, tudo vai embora
O que é, foi e será,
É só agora, é só agora...