LOUVOR A OMOLU
Quando meus olhos desaguam sem parar,
Me recolho, te procurando no meu silêncio.
Vós, que abandonado à beira-mar foste,
Responde à minha muda oração,
Sempre me lembrando de que é a água salgada
Que limpa as dores do coração.
Nunca deixou de me estender suas sagradas mãos,
E na escuridão me abraça,
Me acolhendo e me cobrindo com suas palhas,
Abençoando e dando proteção.
És meu amado pai
E com a força da terra
Me livra das mazelas desse mundo.
Com o amor mais verdadeiro e profundo,
Varre as chagas do meu corpo e da minha alma,
Me resgata e me salva
Reiniciando o meu caminho,
Me presenteando com um novo ciclo
No qual eu preciso me mudar.
Agradeço por sempre me curar!
Em tua presença nunca sou triste,
E nem sinto as dores da solidão.
Assim, com toda a minha devoção,
Me curvo aos pés deste sábio ancião.
Atotô!