Terra-herança

Vós que estais à espreita

Do mundo novo,

Da terra-herança

Em que mansos se regozijam

E onde jorra leite e mel.

Vós que procurais portas estreitas

E água viva,

E rastros de um cordeiro

Que tem palavras de vida eterna

E promessas de salvação.

Vós que não sois deste mundo

Que morreis diuturnamente

Que proferis as preces

E não cessais na caridade

Compreendeis de Paulo e de Lucano.

Vós que não julgais as diferenças

E sabeis dos mistérios

E experimentais a graça

Que viveis na santidade

E que deixastes o domínio do ego.

Vós, pessoas raras, não sejais hipócritas,

Raça de víboras!

Todavia sejais bondade

Tenhai vós, olhar de compaixão

Pelos desiguais.