...D’eus Phanthasma d’Eus Spectrum...

Quebrei o espelho ao quebrantar-me os fragmentos de meu espírito...

Feri-me! E isso é reflexo de minhas próprias ações contra mim mesmo...

Ferimentos são efêmeros; entretanto, cicatrizes perpetuam para sempre.

Tão despedaçados quanto minha alma estão os papiros de meu passado...

Inexiste restauração que recupere as páginas isentas das marcas rasgadas.

Igualmente é impossível um espelho remendado sem rachaduras...

Sangro os cortes carnais de minha mente em meu coração partido!

Se a água gélida é capaz de queimar a pele como fogo em brasa,

Então minhas lágrimas frívolas podem ferir-me como o inferno:

Almejo o elixir da fênix, contudo o corvo oferta-me o ardente vinho.

Eu, aos fantasmas e aos espectros de meu espírito e de minha alma,

Ofereço um sacrifício cerimonial em nome de meu suicídio honrado!

Recuso-me deixar este corpo imperfeito aos repugnantes vermes;

Deleitem-se, pois, de meu invólucro, até que não me sobrem as cinzas.

Canibalesco carnífice autofágico igualar-me-ia igualmente a iguaria...

(Bhrunovsky Lendarious)

Poeta Lendário
Enviado por Poeta Lendário em 04/08/2024
Reeditado em 04/08/2024
Código do texto: T8121348
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