CORPO

Tu que me prende e me esgota,

que me é grande razão,

é para meus sonhos tão limitado

A ti, me rendo, resignado

mas ainda desejo sobrepujar-te

a ti, o prazer, mas ainda há dor

Nos sonhos fujo de ti, em vão,

pois o espírito finge ser corpo

Para o bem dos sentidos?

Você faz do sujeito mais

Mas é toda a vida?