OSUN
Dona dos mistérios,
Da magia,
Do encanto,
Do esotérico.
Água doce que nutre,
Mata a sede,
Rega as plantações,
Gera a vida.
Benevolente, compartilha sua fartura.
Experiente, esconde seu tesouro,
Oculta dos homens gananciosos
Que se afogam nas suas profundezas.
Na guerra, não abandona o seu templo.
Cardume morto pela fome de poder.
Deixa à boca o gosto amargo,
Um exército estirado.
Na presença do amor fraco
Vira rio, cachoeira
E desagua noutras águas
Mundo à fora a explorar.
Transfigurou-se em forte correnteza,
Barrosa e nutritiva,
Levando sua abundância,
Deixa infértil a terra seca.