Não venha conversar comigo sobre bobagens, daquelas marinadas na ignorância. Nem tente me submeter aos seus rígidos padrões. Tenho uma dicção poética.
Não venha com suas questões definidoras, farpas nas sílabas como alguém que parou de respirar.
Sou um rascunho! Raiz em remoinho achando que terra é mar. E não me lembraria das suas descrenças mesmo que me explicasse. Eu não me lembraria. Eu sempre insisto, mesmo moribunda e com ouvidos escassos. Sou uma porção apenas na ausência da eternidade.
Ainda não aceito a infelicidade por muito tempo. Embora ela me habite. Eu passo dias difíceis, mas não sou trágica. Infelicidade é névoa ganhando e perdendo espaço, mas não tenho uma obsessão pela felicidade. Eu sonho em terra firme, e só!