Veredas de Outras Vidas

E um vento passou, um ar de lembrança, o rosto de meigo, olhar de menina.

A casa de rosas, de marcas bem fundas, da estrada cansada e suas boiadas.

Veredas que passo, lugares tão belos, e moços que riem, de praças, calçadas.

Que roupas estranhas, que Sol tão mais quente, que Lua de sonhos, ribeiros e pedras.

Aquele caminho, de flores, de matas, há uma cabana, me trás mil lembranças.

Veredas de verdes, de ver, tão antigas, estive tão lá, veredas de vidas.

Os mesmos lugares, e tais personagens, o tempo parou, na vil ampulheta.

Eu vejo a menina, amor do passado, a terra, o arado, os campos floridos.

De outras, veredas, de vidas, amores, pessoas, memória perdida.

Porém, todavia, só muda o cenário, o relógio mente, aqui outra vez.

O Sol que se põe, a terra não para, depois de um tempo, sol nasce outra vez.

Veredas de Outras Vidas

Texto Espírita de minha autoria

João Francisco da Cruz