O Ar de Deus.
Pena de arara azul caindo no ar,
bailando na leveza dos ventos;
Folhas verdes, que se desprendem das árvores surfando nas ondas
do ar.
Belezas da boa vista revistas no tempo.
Poeiras, que esperam o momento do vagão passar para ir a outra parte acumular;
Quentura do sol sentida no bafejo quente que mesmo sem querer, se sente.
Aves, que voam na imensidão dos céus plainando nas alturas, ousadia igual nem tente.
Balões de cores mil, que levitam nos céus da capadócia contemplados por olhos apaixonados;
No alto surgiu o primeiro vôo brasileiro, que por décadas pedimos bis, tendo hoje na modernidade das turbinas a jato, os desenhos deixados na pista anil do céu estrelado.
A pena, as folhas, a poeira, o sol, os balões, aviões, cada qual em seu aspecto material nos lembra de que o que os fazem belos está no essencial, no invisível, no intangível: no vento, no ar, nos céus, que inclusive carregamos dentro de nós, em uma perfeita dança cósmica, juntos ou a sós, com laços, sem nós, como risos de avós, assim Deus age no dia a dia, criando tudo por nós.