A Alma e a Personalidade
Por Eons, desconheceu minha Existência
A infância não é o começo, nem a morte é o fim, isso foi assimilado
Com isso, o caminho se abre; agora preciso quebrar resistência
Ao evoluir, então desperta-me, harmoniza-se nossa frequência
E assim, em miríades de vidas, eu luto, até estar consumado
Sob o arquétipo da sombra, tu vives outra vez, oh! Criatura
Outra vez, procuras fora o que dentro está manifestado
Luta, conquista e avança, mas é flagrante a ruptura
Na peça de teatro, frase ou livro, retiro camadas de tua armadura
E assim, em miríades de vidas, eu luto, até estar consumado
Umas vezes grito, outras inspiro, mas simplesmente não me percebes
Na busca de coisas perecíveis, não ouves o chamado
Escravo das paixões, vives e te achas pleno, nada mais concebes
Envio luz, inspiração e insights, deste néctar não bebes
E assim, em miríades de vidas, eu luto, até estar consumado
No início, prazeres sensoriais e a mente em turbilhão
Nos primeiros anos, exubera energia, sentes-te colimado
Em uma determinada vida, eu prospero, desvanece-se a ilusão
Neste despertar, prisioneiro do desassossego, procurar a perfeição
E assim, em miríades de vidas, eu luto, até estar consumado
Para o peregrino, Eu Sou, sou a presença Divina
No homem dialético, desapareço, oh cego deslumbrado!
No jogo de forças, em sua natureza inferior, sou quem ilumina
Quando contestas resultados nulos, assim, abrem-se cortinas
E assim, em miríades de vidas, eu luto, até estar consumado
Oh Filho de Caim, empreendes pelo ocultismo o caminho da evolução
Desperta, na harmonia dos opostos, vê o que será transmutado
Sai dos domínios da matéria, vem o amor, fim do abandono e solidão
Encontra irmãos na senda, desperta o Éter de Luz, segue-se a iniciação
E assim, em miríades de vidas, eu luto, até estar consumado
Roni Martins