A Ignorância da Intolerância
A ignorância da Intolerância
No manto da diversidade, onde crenças se entrelaçam,
A intolerância espreita, sombras que nos abraçam.
Num mundo de cores e ritmos, na dança da espiritualidade,
A intolerância religiosa é uma triste realidade.
Na tapeçaria da fé, fios se cruzam, formando tramas,
Mas quando o respeito se desfaz, surgem chagas e flamas.
Cada alma é um templo, uma busca única e sincera,
A intolerância é uma sombra que escurece a primavera.
As crenças, como jardins, florescem em diferentes formas,
Mas a intolerância, como vendaval, desafia as normas.
Por que, quando o coração clama por paz e aceitação,
Escolhemos o caminho da discórdia, da separação?
Que possamos, no altar da compreensão, acender a luz,
Desnudar preconceitos, queimar as amarras da cruz.
Pois a fé é como uma canção, notas em harmonia,
E a intolerância é o silêncio que quebra a sinfonia.
Não importa o nome dado ao divino que adoramos,
Cada ser, um elo, em que laços nos amarramos.
A intolerância religiosa é um grito que ecoa na escuridão,
Um clamor por entendimento, por fraternidade e união.
Abramos nossos corações, como portas de um templo,
Onde a tolerância seja o preceito mais simples.
Que, no altar da humanidade, a diversidade seja a luz,
E a intolerância, um capítulo que se dissolva na cruz.
Que a poesia da compreensão seja recitada com fervor,
Que a intolerância religiosa se torne uma sombra de outrora.
Pois somos todos peregrinos, nesta jornada efêmera,
E no respeito mútuo, encontramos a verdadeira quimera.
Zezé Libardi