Na Janela
Na Janela
A jornada pede, abro a janela
São dias e dias sem contemplação
E o simples é um abraço na alma
Embora tanta riqueza de detalhes
Parecer com o céu e me pertencer
Dono da minha imprecisão perfeita
Me agarro com força aos detalhes
Que justificam afinco minha existência
Sou de lá , para lá voltarei endereçado
Esse chamado que sigo no meu tempo
Onde há perdão pelas minhas inconstâncias
E amor revelado no ar que enche os pulmões
Aba, natureza, mãe, pai, és minha prole
Não há traço ou cor que não aponte a Ti
Acima de todos os anjos, não me envaidece
Abrir a janela, ser imagem e semelhança
Victor Cunha