“Criação, um poema de amar”
De tanto livros, Jah os tem para si
Redige, forma, emociona em seus começos
Desenha as estrelas num bloco de terra, logo ali
Faz receita do caldinho dos céus, feitos do seu jeito
Satisfeito, ditalografa manuscritos
Muitos, aos milhares
Com letras grandes tece uma família de espíritos
Anota o nome deles através dos sistemas solares
Emocionado, sublinha os humanos
Carta aberta de co-autores
Rascunha suas almas entre safáris-africanos
Duas almas, destino genitores
Usa caligrafia esmera, sobre-esforço
Dedilhou universo, mensagem eterna
Um capítulo, sentimento zeloso, absorto
Um montão de linhas sempiternas
Lavrou com suas Testemunhas
Assentou por escrito, bíblico
Compôs poemas finos, estórias, aventuras
Selou macro e micro, tudo bonito
E assim,
Emancipou sua obra
De há muito tempo sua realização
Espíritos, almas, gato e cobra
Fez tudo belo, pura admiração!
Dizem que escreve com linha torta
Duvido! Acredito na divina lectoescrita
A sabedoria se vê exposta, conforta
Seu poder, traduzido, no livro israelita
Dizem que tudo vai acabar
Em guerra, asteróide sobre a Terra
Acredito não, ele usa o verbo amar
Porque em seu nome, começa e se encerra
E por tanto afeto, tanto compor
(Jah) vai querer sua obra apreciar
Infinito, terra, filhos, obras do original escritor
Seu manuscrito poema de amar