Portais da alma
Na cadência de uma canção, lançamo-nos,
Cerram-se os nossos olhos e,
Em busca do insólito, entregamo-nos.
Cerramos os olhos para recordar,
Na memória, refúgio eterno,
Do que é merecido lembrar.
No avesso das pálpebras,
Com vigor pulsa a vida,
Em translúcidas recordações.
Nossos olhos, são portais da alma,
Silenciosas testemunhas de nossa vida,
Revelam nossas nuances, tocantes e vívidas.
A melodia da existência, neles, ressoa,
E nas correntes do tempo flutuamos,
Na dança das lembranças, mergulhamos.
Cerramos nossos olhos, emocionamo-nos,
Viajamos nas linhas do destino e nelas,
Uma linda canção, encontramos.
Portais da alma, guardiões do passado,
Nossos olhos são, pontes para a eternidade,
E em cada piscar, há uma história narrada.