FLUXO MUNDANO
Quando vivenciamos nossa dores
Pertencemos ao desafio insuficiente
Quase crível do desarranjo das cores
Céu cinza não nos faz exigentes
Depois do mundo que conhecemos
Voltamos ao céu que nos esqueceu
Sem temer tristeza alguma
Até sumir sem dizer adeus
Lembrar as memórias afetivas
Nos faz pertencer ao nosso caminho
Sem temer a função disruptiva
A manchar nossa pele igual vinho
Feridas semeiam cicatizes vindouras
Fechando o olhar petrificado
Pegando o lixo e varrendo com vassouras
Para debaixo do tapete esverdeado
De repente o mundo não é o mesmo
Inconsequentes fugimos da dor
Opalescente a figura dos dedos
Cavando insaciável outro amor.