UM SENTIMENTO DO INFINITO

Hoje eu bem sei

Que eu aprendo dia a após dia a percorrer

Um caminho de solidão

Para ser de forma mais autentica quem eu sou

Na minha inteireza e em transcendência.

 

E é nesses percursos

Que eu vivencio os melhores arrebatamentos

Da alma e dos sentidos

Em direção ao autoconhecimento.

 

Mas será que encontrarei algo diferente

A partir desses novos pontos de vista,

Alguma novidade ou algo que supra

As minhas expectativas?

Não sei exatamente.

Há muito de imprevisível nessa vida...

Sempre um rumo ao desconhecido, ao incógnito...

 

Hoje, só o que eu sei verdadeiramente

É que posso caminhar livremente,

Desenvolvendo a flor da esperança

E um amor profundo pela vida da graça,

Pelo Altíssimo e sua eterna presença,

E pelos altos mistérios a fulgurar o inesperado.

 

Hoje carrego apenas a certeza

De que na minha solitude

Não estou completamente só

Como um ser habitado pelo nada.

 

Mas, eis aqui uma pergunta que sempre faço:

Como posso caminhar sozinho e, ainda assim,

Sentir no coração uma luz que me guia

E, certamente, que me guiará até os confins

Dos meus dias na terra?

 

De agora em diante não farei nada mais

Do que simplesmente guardar no meu foro mais íntimo

A beleza de todo esse mistério

E que me dá, deveras, o sentimento do infinito

A me inspirar o sabor da contemplação

Das grandezas da natureza

Com toda profusão de mares, céus, planícies e montes.

E a me acalentar mediante um sem fim de luzeiros

Alumiando as noites da minha existência.

Alessandro Nogueira
Enviado por Alessandro Nogueira em 04/02/2024
Reeditado em 04/02/2024
Código do texto: T7991999
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