Não!!!

Nem na masmorra

Na chibata

No deserto

Em meio aos oásis das insignificâncias

Estes que se apresentam

O elixir, vida

Servido em doses homeopáticas

Correndo na aorta do mundo

Safena, mamária

E nas veias secundárias

Coração do mundo doente

Não!

Mesmo que cortem meu pescoço

Na guilhotina

Na rememória do tempo

Me queime viva

Me amordaçando

Como nos tempos antigos

Que sofra os danos

Irreparáveis

Amados amigos!!!!...

Que se foram

Do mesmo modo

Deixando o elo que dá pertencimento

Dissidentes da Fraternidade

E não voltaram

Não abrirei mão do que tenho

De mais valor

Levantarei a bandeira da liberdade

Liberdade do pensar

Voar nas asas dos sonhos

Das quimeras

Mesmo que, ainda

Irrealizáveis

Sonhos que visito há muito

D'eu e todo mundo

Na festa da vida

Adeptos da felicidade

Num mundo justo

Igualitário

E fraterno

De lá ecoa renovo

Ouço

Sinto!!!!

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 28/01/2024
Código do texto: T7986585
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