Chuvas de Bênçãos
"Quando eu ouço os gorjeios dos pardais,rouxinóis, sabiás e dos bem-te-vis me comovo"
ZÉDIO ALVAREZ
Na noite de chuvas do amor
A cidade dormiu com alegria
Na mágica de Deus que brotou
No respirar de uma nova poesia
Águas que molharam as calçadas
Também desaguaram tudo em nós
Ligeiras elas desceram para a foz
Pelas correntezas d'uma desiderata
Dormimos em quatro paredes
Nas brisas da mesma direção
Dos sonhos da nossa conexão
Acordamos dentro das redes
Muita chuva nos quatro cantos
Numa noite de desejos profanos
Com ventos soprando do norte
Juntos nós tivemos essa sorte
Foi tanta chuva a noite inteira
Bombando o ar do nosso sertão
Não foi uma nuvem passageira
Ficamos abrigados num coração
O sol da manhã ainda não surgiu
Eu só sei que a chuva não saiu
Ouço o ribombar dos trovões
Com relâmpagos e seus clarões
Imagem da Internet