“ANDAR DE ERRANTE”.
Andei errante...
A procurar um caminho,
Acabrunhado, debatendo-me, ferido nos espinhos,
Que esse tortuoso trajeto em mim deixou!
Eu procurava...
Descobrir a felicidade,
Porém o que achei, em tais caminhos na verdade,
Foram só lamentações num fardo de marguras e dor!
Provei do frio...
Igual um cão pobre ao relento,
Remotos sonhos, que me ocupavam o pensamento,
Tornou-me as avessa, sorte por lamentação!
Sofri com chagas...
Que dessa vida me fustigava,
Infelizmente meu pobre ser, nas noites se amorfinava.
Meu entristecido ser, preso por vil aflição!
Por muitos dias...
Que minh’alma se enfermou,
Em desespero a peregrinar, buscava, mitigar tal dor,
Que me afligia o ser continuamente!
Triste em desânimo...
Nessa contristada condição,
Esmorecido e sentindo está meus ossos em corrosão,
Em tais veredas tão inconsequentes!
Mas tudo isso...
Sei de mim se foi ao avistar,
Quando para certo monte aturdido me atrevia olhar,
Cravando meu olhar em rude cruz!
Senti naquela hora...
Grande luz em mim brilhar,
E as chagas que sangravam, vieram assim cicatrizar,
Com esse sangue derramado por Jesus!
Hoje caminho...
Com minha cabeça erguida,
Sou inteiramente grato por ganhar de volta a vida,
Esse novo homem, hoje age diferente!
Renasceu-se a paz...
Que em mim já não havia,
Prossigo sem queixar-me, ainda que tenha agonia,
Com meu ser restaurado certamente!
E nessa rude cruz...
Encontrei o que buscava,
Curou Minh 'alma, que tão insensível se encontrava,
Fui acolhido pelo seu imenso amor!
Que saciou-me...
Fome e sede que eu sentia,
Tirou-me da morte, trouxe-me a verdadeira alegria,
Nos braços ternos de afável salvador!
Cbpoesias.
25/01/2024.