MEUS TRÊS CORPOS

Quando olhei aquele caos tão permanente

que se instalara de uma forma tão real,

eu me sentia como se fosse diferente.

Olhei no espelho que se encontrava na parede,

onde eu me via em meu tamanho natural,

eu me senti como se preso em uma rede.

Respirei fundo tentando me libertar

daquela cena que batia em minha mente,

precisava, libertar-me, sem ser demente.

Depois de horas de constante amargura,

eu fui recompondo novamente a trilogia,

de corpo e alma e um espírito em agonia.

Quando meu corpo em carne viva se tornou,

com todas as dores,que minha alma sentia,

quando eu me fui, saí do corpo, só euforia.

Depois de horas de um constante sofrimento,

frente ao espelho e lembranças de antanho,

eu acordei do pesadelo, daquele sonho.

27-12-07-VEM

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 28/12/2007
Reeditado em 15/08/2008
Código do texto: T794321