RUMO AO OCEANO: UM TRIBUTO À PAZ

Haverá um tempo

Em que colocarei o meu olhar

Na linha do horizonte e não sentirei

O meu peito apertado,

Sem ansiedade e nenhum temor...

Haverá um tempo do dever cumprido,

Do contemplar o edifício acabado,

A casa do espírito em paz.

Haverá um tempo para contemplar

As águas mansas do regato

Que, lentamente... lentamente...

Caminham para seu destino maior,

Rumo ao longínquo oceano.

Haverá um tempo

Em que olharei para trás

E sentirei,

Aproximando-me do imenso oceano,

A certeza de ter feito o que pude

E o melhor...

No meu sinuoso e acidentado caminhar.

 

Zildo Gallo - Campinas/SP, 12 de fevereiro de 2002