TANGO E PERDÃO

Eu perdoo

e me perdoo

e só espero,

sem pressa,

algum perdão que venha

de nem sei onde...

 

Que venha de onde vier,

pois o perdão é uma dádiva,

um presente divino,

a todo aquele que aprende

singelamente aceitar.

 

Um raio de luz penetra

as sombras do meu sótão soturno,

sinto o soprar da brisa suave

e a minha alma leve dança...

dança... baila aquele tango de Gardel

que meu corpo desajeitado

jamais aprendeu a dançar.