POMPÉIA

Para Elisangela

Eu fujo de olhos fechados

E roubo um colo de silêncio

O escuro vai ficando mais claro

Apertado

Mas sem pompa...

Subo doravante as escadas

Meus joelhos não doem

E eu vago no tapete das estrelas

Lá no céu eu tomo seu cobertor

E nos...

Abraçamos... nos abraçamos para sempre

Minha memória recobra velhas heranças

Sempre fomos crianças

E vagamos mais uma vez rumo ao Querubim

Toda sorte do universo está aqui

Quero mais um abraço!

Será que para sempre

Estaremos lado a lado?

E entre pergaminhos e obliterações

Sacamos mais uma carta

De um baralho infinito

No signos das galáxias

O beijo em Pompéia

Não é um conto de fadas

Mitologia

Leonardo Daniel

12/03/23