De Coração

Nosso coração, divino, laborioso,

Motor da vida, dos sonhos idílicos

Dos nossos olhos carnais e físicos

Dita um ritmo latente, melodioso...

Ele é um relógio a trabalhar perfeito,

Em nossa carne dolente neste casulo

Da vida hoje, e para a morte um pulo,

Ecoa silente, soturno dentro do peito...

Mas ao chegar a noite que se inicia,

Com o ocaso e o sono que acaricia,

Cobre-nos o manto suave da ilusão...

É quando a alma sai da realidade,

Ao sonhar com reinos e divindade,

De nossa astral e triste desilusão...