MINHA CANOA

Embarquei na canoa que seguia ao léu

flutuando no espaço como se fosse folha.

Ondulava sob a brisa de um vento leste,

que sempre a empurrava para o oeste.

Enquanto tentava servir-me do meu leme,

a brisa mais forte mudava o meu rumo.

E eu que ocupava uma canoa rebelde,

seguia na brisa e tentava um aprumo.

Mas o vento imprimia constantes mudanças,

o leme que eu tinha quase nunca impedia

que minha canoa ficasse solta, à deriva,

seguindo, ia sem rumo, de noite e de dia.

E muito além do lugar onde eu conseguia

ver terra firme, onde eu pudesse ancorar,

quando a canoa navegava, eu com ela ia,

refém que dela estava, restava aguardar.

VEM.24/03/05-

Vanderleis Maia
Enviado por Vanderleis Maia em 18/12/2007
Reeditado em 07/03/2009
Código do texto: T782927