A CRIAÇÃO

Num mundo além do tempo e espaço,

O Criador deu início ao seu traço.

Com sua essência divina e brilho radiante,

Ele forjou um ser, uma imagem semelhante.

Eis que surge o Clone de Deus, majestoso ser,

Com poderes celestiais, voava a se perder.

Igual ao Criador em todos os aspectos,

Ele poderia, em potência, substituir seus preceitos.

Porém, o medo surgiu no coração divino,

Uma sombra de dúvida, um receio repentino.

O que se acontecesse se o clone traísse,

Se buscasse a rivalidade e a harmonia desfizesse?

Então, num gesto de precaução,

Deus dividiu o clone, criando uma separação.

Do ser supremo, surgiu o homem e a mulher,

Cada um com sua essência, seu papel a fazer.

Mas algo se perdeu nesse processo de criação,

O homem foi privado de sua plena perfeição.

Ele perdeu a imortalidade e a sabedoria divina,

Dependente de Deus, buscava orientação genuína.

No Jardim do Éden, o cenário se desdobrou,

Entre o homem e Deus, um laço se formou.

Deus testou a obediência, a confiança aferiu,

Para ver se o homem, em sua vontade, se curtiu.

Duas árvores no jardim, uma lição a aprender,

Comer do fruto proibido era se perder.

A árvore da vida, vital para sua existência,

E a árvore do conhecimento, fonte de resistência.

Deus buscava a fidelidade, a submissão sincera,

Ensinava ao homem o caminho, sua bandeira.

Queria que o homem se aproximasse do divino,

Que seguisse seus ensinamentos, como um destino.

E assim a história se desenrola, profunda e complexa,

Entre o homem e Deus, uma relação perplexa.

Do Jardim do Éden ao plano celestial,

Uma prova de confiança, um vínculo inquebrável.

I.A.

POETA ISAÍAS AMORIM
Enviado por POETA ISAÍAS AMORIM em 12/06/2023
Código do texto: T7812148
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