QUEM TU ÉS?
A vida será sempre um sopro que pode apagar ou incendiar, o que depende é o tamanho da brasa que vibra em sua consciência.
Incendiar pode destruir, mas também pode iluminar. Apagar pode finalizar, mas também preservar.
O sopro vem da garganta inflamada, por isso ela manifesta o que se verbaliza, no inicio era o verbo e o verbo é Deus.
Mas quem é Deus?
Idealizar um Deus não faz com que ele realmente exista, mas somente como enxergo, ele não é o que eu penso ou sinto, ele é o que eu manifesto. E o que eu manifesto, eu crio.
Deus em sua imensa neutralidade somente mostra nossa criação no mundo e nos responsabiliza pela centelha de sua essência que habita em nosso interior.
Por isso Deus é justo, ele não nos julga e nem nos apoia, ele apenas nos oferece os bônus e ônus da nossa propria criação.
Mas quem sou Eu?!
Certamente um Ser que possui grandes verdades construídas ao longo de uma vida e que talvez possa ser a grande mentira contada ao mundo.
Os nossos sapatos serão sempre desconfortáveis nos pés alheios e saber disso pode ser a primícia do verdadeiro respeito ao Ser humano.
Quando em juízo de valor individual eu tento impor o que penso, posso me tornar um tirano aos olhos da vida, pois meu espelho jamais vai refletir o que há por ai, somente o que há por aqui.
Por isso a consciência se conquista com paciência, que em sua humilde ciência apenas nos ensina a Paz.
Realmente não sei nem quem eu profundamente sou, graças a Deus!
Mas caminhar tortuosamente aperfeiçoando as imperfeições descobertas pode me dar o sentido da Paz de não saber tudo sobre mim e por isso me garante que não sei nada sobre você.
Eu sou...
Eu vou...
Eu estou...
E você?!... é somente você... apenas seja!
Escrito em 26/04/2020