Queria falar de Deus.
Eu queria falar de Deus. Esses dias, eu estava ouvindo um frei dizer que temos que falar sobre Deus, e me perguntei sobre qual Deus o povo quer ouvir. Será que devo falar do mesmo Deus que o Padre Delson do DF prega em todas as missas? Ou será que devo falar daquele Deus que o Bispo Von Helder falava enquanto chutava a imagem de Nossa Senhora?
Falar de Deus deveria ser fácil, com tantos exemplos de líderes maravilhosos. E eu aqui, nesse ócio, sem contar que muitos deles nem têm remorso. Será que falo do mesmo Deus que era pregado dentro do convento no Chile, aquele em que a freira Francisca foi estuprada e depois caluniada por suas irmãs? Será que falo do mesmo Deus que o Pastor Nei Carlos e o seu grupo de amigos pregam no culto da Universal?
A dúvida realmente é cruel, não sei se falo ou não falo de Deus, afinal, quem é Deus? Será que falo do mesmo Deus em que Flordelis cantava em suas canções? Será que falo do mesmo Deus que João de Deus falava em seus atendimentos religiosos? Será que devo falar do Deus que é pregado lá na França, onde a situação está crítica para o catolicismo? Pois então, que o caso Preynat abra nossos olhos, pois Philippe Barbarin fez vista grossa.
Oxente, minha nossa! Pois então, vou falar a frase que mais gosto da palavra de Deus: "Tirai isto daqui! Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio". Nisso, eu fico inerte, pois Jesus não pregava em prédios que cobram dos fiéis valores mais altos que o salário de três médicos, e usam a palavra de Deus para justificar seus atos negativos, esquecendo a essência de Deus, que é amor, compaixão e bondade. Mas esses trastes só agem na maldade, inspirando a vaidade manchando a imagem dos cristões de verdade.