ZEN
Queria estar agora com as crianças
brincando feliz na correnteza da chuva
a deriva como os barquinhos de papel
gargalhadas com as palavras inocentes
ecoando no peito como trovões sem cor
Queria estar agora sem contato
penas coloridas adornando meu corpo
sem notícias das palavras maldizentes
seminus correndo livres como o vento
cegos do outro olhar jamais indecente
Queria estar agora distante
das notícias da mídia doutrinária
me perder da trilha na Esplanada
e voltar com meus pais a mesa
na hora do jantar oração da familia.