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Na minha mais solitária solidão,

Na noite mais escura,

um demônio esgueira-se em minha porta.

 

Dá-me a conhecer

O ouroboros do mundo,

São muitos agoras

Agoras para sempre e sempre.

 

Tu, poeira,

Tempo, eterna ampulheta,

Vira e vira e vira,

Eis que a serpente

Mordeu a própria cauda.

 

Repostagem do meu antigo blog em 28 de maio de 2018

Docke Lima
Enviado por Docke Lima em 04/03/2023
Reeditado em 23/10/2023
Código do texto: T7732828
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