Seu jardim... Ainda nele, guardam-se todas as flores Abertas, fechadas, belas como sempre A regá-las, molhas de chuvas de verão Repousando sobre si, coloridas borboletas A oscularem, toda gama de beija flores Por lá, ainda, teimando sobreviver e existir Avivados resistentes, brotos e rebrotas Muitas mudas dispostas, de lá, ainda, vêm e se vão! A invadir e a aportar lhes, novos momentos Por lá, ainda saciam, visões, sonhos e promessas A se amoldarem, lindos ramalhetes e buquês Soprando às nuvens, leves e mansos refrigérios Deixando se levarem, por todos os ventos Indo pro alto, brumas, plumas e penugens A verem, que quase nada do todo, se desfez! Cavas benditas fartam, e rebentos se aninham De lá janelas abertas expõem maravilhas Jorrando encantos de preparadas floreiras Agora, com galhos mais fortes e densos A repousarem em copadas fofas, passarinhos O sol descendo, transformando-se em arrebol A lua subindo pro céu, clareando, prateando Dia se fechando...se despedindo...partindo! Cadê...por onde anda, ser afável e mantenedor? O bom jardineiro, de passos lentos e arrastados? Aonde...? O santo que as regava nos tempos estios? Porque seu belo e surtido jardim se encontra só? E seu assento no banco, ficou triste e desocupado? Espere! Acho que vi piscar para mim uma estrela Mas como? Como pode ser, em pleno céu de anil?