O fim da sociedade moderna

Assim será o fim dos tempos:

Haverão alheações absolutas,

Tristezas e agonias eternas,

Turbilhões de forças ocultas,

Como sombras das tabernas.

No ínterim do fim dos tempos:

Haverá esmagamento de ossos,

Mutilações de braços e pernas,

Vidas rotas, no fundo dos poços,

Lagrimas agonizantes maternas.

E, consumado o fim dos tempos:

Enfermidades, pânicos, e labutas,

Terás revelia, dor e densas trevas,

O seu clamor ecoante nas grutas,

Salvo Deus, à sociedade moderna.

Composição: Sérgio Russolini e Raquel Luiza (filha)

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 15/01/2023
Reeditado em 15/01/2023
Código do texto: T7695866
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