O fim da sociedade moderna
Assim será o fim dos tempos:
Haverão alheações absolutas,
Tristezas e agonias eternas,
Turbilhões de forças ocultas,
Como sombras das tabernas.
No ínterim do fim dos tempos:
Haverá esmagamento de ossos,
Mutilações de braços e pernas,
Vidas rotas, no fundo dos poços,
Lagrimas agonizantes maternas.
E, consumado o fim dos tempos:
Enfermidades, pânicos, e labutas,
Terás revelia, dor e densas trevas,
O seu clamor ecoante nas grutas,
Salvo Deus, à sociedade moderna.
Composição: Sérgio Russolini e Raquel Luiza (filha)